E a situação de parte do Judiciário brasileiro vai de mal a pior, com denúncias, revelações, operações da PF e delações. Mas faz-se necessário separar o joio do trigo para o bem do próprio Judiciário e da população brasileira.
A desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia está presa em Brasília, na Papuda, junto com o filho que é advogado.
A desembargadora foi detida no fim de novembro de 2019 e transferida para o Complexo Penitenciário da Papuda (DF), onde está detida até hoje.
A prisão ocorreu durante a operação “Joia da Coroa”, um desdobramento da operação “faroeste”. A investigação apura um esquema de venda de sentenças relacionadas à grilagem de terras no oeste baiano.
A preventiva foi decretada pelo ministro Og Fernandes, do STJ. A magistrada, assim como outros membros do TJ-BA, já estava afastada do cargo, também por decisão judicial.
As medidas atingiram os desembargadores: Gesivaldo Nascimento Britto (presidente da corte), José Olegário Monção, Maria da Graça Osório Pimentel Leal e Maria do Socorro.
Eles foram afastados na véspera da eleição para a presidência do TJ e tiveram busca e apreensão em seus gabinetes.
O Inquérito 1258/DF deu início à “OPERAÇÃO FAROESTE”, que culminou com instauração de competente Ação penal, prisões e agora com a delação premiada do advogado VASCO RUSCOLELLI AZEVEDO, e da Desembargadora do TJBA, SANDRA INÊS MORAES RUSCOLELLI AZEVEDO, promete colocar lenha na fogueira. Aliás, essa desembargadora está dando nome aos bois e promete entregar tudo!
Na delação, além de corroborar os fatos elencados na Pet. 13.321-DF, indica detalhadamente como funcionava o esquema, participantes – cujo grupo dominante era chefiado por ADAILTON MATURINO – e opositores. Sob outro enfoque, não menos importante, traz à tona outros atos de corrupção que permeiam as entranhas do Tribunal de Justiça da Bahia (JBA).
Complementa a delação com o detalhamento de outros fatos ilícitos, que envolvem o GSI – GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL, a coação perpetrada pelo grupo gerido pelo Desembargador GESIVALDO BRITTO, o esquema de indicações de Magistrados para atuar em processos milionários, o esquema de Camaçari – que consiste no mesmo modus operandis do Oeste –, o esquema das recuperações judiciais e alguns outros casos esparsos que envolvem corrupção de membros do TJBA.
Confira o processo bombástico que expõe as entranhas do TJBA. Espera-se que, à exemplo da Operação Faroeste, que ocorra o quanto antes uma operação semelhante no estado de Alagoas, precisamente no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).
Veja: