Na semana passada falamos aqui sobre a ação movida pelo Ministério Público de Goiás contra o ex-vereador Paulo Sérgio Póvoa Borges (conhecido como Paulo Borges) e o atual vereador Sebastião de Souza Porto Filho (conhecido como Tiãozinho Porto), em razão de irregularidade cometidas durante o período anterior às eleições municipais de 2016.
Paulo Borges foi apontado na ação de improbidade, como facilitador para beneficiar Tiãozinho Porto, que acabou sendo eleito. Borges aproveitou-se do cargo que ocupava na Prefeitura de Goiânia, secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec).
O vereador Tiãozinho Porto, candidato à reeleição em Goiânia, tentou esconder o fato acima, dizendo em grupos nas redes sociais que adversários estariam ‘requentando notícias velhas”… Mas segundo a promotora de Justiça Fabiana Lemes Zamalloa, todos os fatos foram comprovados por meio de diversas declarações, gravações e documentos apresentados durante as investigações do MP, e crime de improbidade não envelhece.
Mas a parceria (e amizade) entre Paulo Borges e Tiãozinho Porto teve grave conflito em 2018, quando Porto convidou Borges para conversar. No encontro, Borges cobrou do vereador pagamento por serviços prestados e, irritado com a cobrança, o vereador se exaltou e deu um murro no braço direito de Borges. Houve lesão e sangramento e mesmo assim Tiãozinho Porto ainda disse para Borges: “Você quer ser meu amigo ou meu inimigo?”.
Paulo Borges registrou Ocorrência Policial (número 88/2018) contra Sebastião de Souza Porto Filhos (Tiãozinho Porto) na 08 Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia em 29 de maio de 2018.
Tiãozinho Porto foi acusado de duas infrações penais: CPB Artigo 129 CAPUT: Lesão Corporal e CPB Artigo 147 CAPUT: Ameaça.
Homem que traiu amigo que o ajudou a se eleger, e depois de eleito ainda o agrediu e o ameaçou, merece ser colocado novamente na Câmara de Vereadores de Goiânia?
Tempos depois, em 26 de abril de 2019, Tiãozinho fez as pazes com Paulo Borges durante audiência conciliatória no Primeiro Juizado Especial Criminal de Goiânia. O processo foi arquivado.
