A edição semanal da Crusoé traz uma bomba exclusiva: a íntegra da delação premiada em que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral narra um suposto esquema de venda de sentenças envolvendo o ex-presidente do STF Dias Toffoli.
A Polícia Federal achou o relato suficiente para pedir investigação sobre o ministro. É a primeira vez que isso ocorre na história do Supremo Tribunal Federal. Se comprovado, o caso é gravíssimo e merece a atenção de todos os cidadãos.
Leia um trecho da reportagem:
“Crusoé teve acesso com exclusividade aos arquivos sigilosos onde estão todos os anexos, depoimentos e relatórios da PF que fundamentam os 20 novos pedidos de abertura de inquérito feitos ao Supremo no dia 30 de abril, pelo delegado Bernardo Guidali, a partir da delação de Sergio Cabral. No topo da lista está o ex-presidente do STF. A informação sobre a abertura do inquérito foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo. Na quarta-feira, 12, Crusoé mostrou que, em seu acordo de colaboração, o ex-governador do Rio afirmou que Toffoli recebeu 3 milhões de reais para alterar seu próprio voto e mais 1 milhão de reais para conceder uma liminar que beneficiou dois prefeitos de municípios do interior do estado que apresentaram recursos ao Tribunal Superior Eleitoral contra a cassação de seus mandatos. Os fatos narrados por Cabral ocorreram entre os anos de 2014 e 2015, quando Toffoli era o presidente do TSE. Segundo o delator, os pagamentos foram feitos por meio do escritório de advocacia de Roberta Rangel, mulher do ministro, e por um ex-sócio dela, o advogado Daniane Furtado. O pedido de investigação do magistrado, um fato inédito na corte, foi encaminhado para Fachin, que em fevereiro do ano passado homologou o acordo de delação fechado por Cabral com a PF.”