CRISTINA SOARES
A partir da próxima segunda-feira (5) será iniciada, em todo o Distrito Federal, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. As doses estarão disponíveis nas salas de vacina de todo o DF e a população deve procurar o serviço mesmo com à pandemia de Covid-19 pois trata-se de uma vacina de extrema importância para manter às crianças imunes à doença. Na mesma data inicia-se a Campanha Nacional de Multivacinação para atualização da Caderneta de Vacinação das crianças e adolescentes até 15 anos de idade. O encerramento será no dia 30 de outubro.
O grupo alvo da vacinação contra a poliomielite são as crianças menores de 5 anos de idade, com estratégias diferenciadas para as crianças menores de um ano e para aquelas na faixa etária de 1 a 4 anos de idade. Todas as crianças menores de 5 anos deverão comparecer às salas de vacinas para receber uma dose da vacina contra poliomielite. Diferente de outras vacinas, a da poliomielite é administrada uma gota do medicamento ao invés da aplicação por injeção.
A depender do esquema vacinal registrado na caderneta, a criança poderá receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), como dose de reforço ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), como dose de rotina. Estima-se que no DF haja cerca de 160 mil crianças nessa faixa etária. A meta é imunizar 95% desse público.
Multivacinação
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“Durante a campanha serão ofertadas todas as vacinas do calendário básico de vacinação da criança e do adolescente visando diminuir o risco de transmissão de enfermidades imunopreveníveis, assim como reduzir as taxas de abandono do esquema vacinal”, destacou a gerente de Imunizações da Secretaria de Saúde, Renata Brandão.
Poliomielite no Brasil
No DF, a série histórica dos últimos 20 anos da cobertura vacinal da vacina contra a poliomielite em menores de 1 ano mostra uma tendência de queda das coberturas, sendo que em 2015 e de 2017 a 2019 a meta de cobertura não foi atingida (95%). De janeiro a abril de 2020, a cobertura vacinal foi de apenas 67,3%. No mesmo período de 2019, era de 89,2%.
“O último registro de caso confirmado para a poliomielite no DF foi em 1987. No entanto, as coberturas vacinais ainda são heterogêneas, podendo levar a formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando a reintrodução do poliovírus. Por isso é tão importante atingir a meta de vacinação”, explica Brandão.