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‘Ataque contra a memória’: Neto de João Goulart critica veto de Bolsonaro a homenagem ao ex-presidente em nome de rodovia

O neto do ex-presidente da República João Goulart reagiu ao veto de Jair Bolsonaro (sem partido) ao projeto de lei que dava o nome do político à BR-153. O advogado Christopher Goulart, que vive em São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, terra natal do avô, classificou o posicionamento do atual presidente como contraditório.

Bolsonaro justificou o veto dizendo que homenagens não podem ser inspiradas “por práticas dissonantes das ambições de um Estado Democrático”. Goulart foi deposto pelo golpe militar de 1964 e morreu, no exílio, em 1976.

“É lamentável, é triste, é um ataque contra a memória do povo brasileiro”, afirma Christopher.
Christopher Goulart citou manifestações de Bolsonaro em defesa do coronel Brilhante Ustra, apontado pela Justiça como responsável por torturas, e defendeu o legado do avô.

“Jango representa a luz. Jango representa a sapiência e a vontade de um estado muito mais desenvolvido, de um estado brasileiro justo, inclusive, para todos. Bolsonaro representa a ignorância. Bolsonaro representa o terraplanismo. Bolsonaro representa as trevas”, criticou o neto de Goulart.

Christopher nasceu em outubro de 1976, quando os pais estavam exilados em Londres, na Inglaterra. Dois meses depois, o avô faleceu na Argentina.

A BR-153 tem aproximadamente 3,3 mil km e liga Cachoeira do Sul, no Centro do RS, a Marabá, no Pará. O projeto foi proposto pelo então senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), aprovado pelo Senado em 2012 e, pela Câmara, em setembro de 2021.

Jango

João Belchior Marques Goulart nasceu em São Borja, em 1919. Herdeiro político de Getúlio Vargas, que governou o Brasil entre 1930 e 1945 e entre 1951 e 1954, Jango foi vice de Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros entre 1956 e 1961.

Depois da renúncia de Jânio, o gaúcho assumiu a presidência após a Campanha da Legalidade, liderada pelo cunhado e então governador do RS, Leonel Brizola.

Goulart foi deposto em 2 de abril de 1964. Naquele dia, o Congresso Nacional fez uma sessão que declarou vaga a presidência da República. O então presidente do Congresso, senador Auro de Moura Andrade, argumentou que o presidente tinha deixado o governo.

Jango, contudo, estava no Rio Grande do Sul em busca de apoio de aliados, uma vez que estava na iminência de ser detido por forças golpistas, segundo relata o projeto de lei da BR-153.

Em 2013, o Congresso aprovou uma resolução que anulou essa sessão. O então deputado federal Jair Bolsonaro foi contra. O presidente é um entusiasta da ditadura militar, que durou até 1985 – em 2019, por exemplo, ele determinou a comemoração dos 55 anos do golpe.

Durante o regime, 434 pessoas foram mortas ou desapareceram – somente 33 corpos foram localizados, segundo a Comissão da Verdade. Em 2014, a comissão entregou à então presidente Dilma Rousseff um documento no qual responsabilizou 377 pessoas pelas mortes e pelos desaparecimentos durante a ditadura.

Fonte: G1.

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