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A vítima que não tem nome

Grande mídia ignora ou esconde o caso de perseguição e ameaça à juíza Ludmila Lins Grilo

“Uma vez identificado como sendo de direita, você está além do argumento,
suas visões são irrelevantes, seu caráter é desacreditado e sua presença no
mundo é um erro.  
Você não é um oponente com o qual argumentar,
mas uma doença a ser evitada.”

(Roger Scruton)

Se você é conservador no Brasil, prepare-se para enfrentar discriminações de todo tipo.

Se você é mulher, mas conservadora, deixa de pertencer ao sexo feminino.

Se você é negro, mas conservador, passa a ser tratado como um traidor da raça.

Se você é uma autoridade pública, mas considerada direitista, olavista, terraplanista ou negacionista, nenhuma das proteções legais existentes terá valor no seu caso.

Se você é identificado como apoiador dos ideais conservadores, deixa até de ter religião. Se católico, imediatamente vão colocar a sua denominação religiosa entre aspas, ou fazê-la de um adjetivo bem infamante, tal como diabólico ou fundamentalista.

Um exemplo da situação dos conservadores no Brasil foi a cobertura midiática da Operação DeLorean Stalker, noticiada pelo BSM no último sábado (19). Após extensa investigação, a polícia prendeu o advogado Adriano Leme Ike, acusado de perseguir, ameaçar e tentar extorquir a juíza Ludmila Lins Grilo, enviando-lhe durante meses mensagens de cunho ameaçador e violento.

Identificada como conservadora, a juíza Ludmila regularmente frequenta o noticiário da extrema-imprensa, sendo muitas vezes atacada por suas posições ideológicas e até denunciada junto ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em razão de suas postagens nas redes sociais.

No último final de semana, veio a público a referida operação, em que Ludmila figura como vítima.

No entanto, os únicos veículos que noticiaram o caso de maneira completa foram os da mídia independente — BSM, Terça Livre, Jornal da Cidade Online e mais alguns poucos.

A grande mídia se dividiu entre ignorar completamente o caso ou publicar a notícia sem citar o nome da vítima. No máximo, virou uma “juíza mineira” (ela que é carioquíssima).

Façamos um pequeno exercício de imaginação. Vamos supor que a vítima do stalker fosse uma juíza, mulher, jovem — e esquerdista. Qual seria a postura da grande mídia?

Eu não tenho a mínima dúvida de que o caso estaria em todos os jornais e TVs, e que a história ganharia uma longa reportagem-denúncia no Fantástico, com direito a trilha de filme de suspense. Tampouco duvido que haveria um enorme esforço, na mídia mainstream e nas redes sociais, para caracterizar o perseguidor da juíza como um bolsonarista alucinado. Sem contar as hashtags de solidariedade e até a possibilidade de confecções de camiseta com um slogan do tipo “Ameaçou uma, ameaçou todas”.

Mas Ludmila é de direita. É conservadora. É aluna do Olavo. É amiga do Bernardo Küster e do Silvio Grimaldo. Até já publicou artigo no BSM.

Vítimas da violência como Ludmila Lins Grilo, vítimas que prejudicam a narrativa, são como prisioneiros de campo de concentração: não têm direito sequer a um nome. São cinzas a ser varridas para debaixo do tapete, enquanto se fala da última tatuagem da Anitta.

Paulo Briguet é cronista e editor-chefe do BSM.

Fonte: Brasilsemmedo.com

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