O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) foi declarado em 10 de novembro de 2020, inelegível por oito anos, pela prática de conduta vedada e abuso do poder político e econômico nas Eleições 2014.
A decisão do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seguiu entendimento do Ministério Público Eleitoral. No julgamento, prevaleceu o voto do relator do caso, que acatou o pedido do MP Eleitoral para alterar o acórdão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE/PB). A Corte Regional havia condenado o político apenas ao pagamento de multa por conduta vedada.
A Procuradoria-Geral da República denunciou Ricardo Coutinho, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), Arthur Cunha Lima,o ex-deputado Arthur Cunha Lima Filho, o ex-Procurador-Geral do Estado, Gilberto Carneiro, Daniel Gomes da Silva e o advogado Diogo Mariz ao Superior Tribunal de Justiça.
A denúncia que está em sigilo, é um desdobramento da nona fase da Operação Calvário, deflagrada no mês de outubro. Os alvos são acusados de crimes contra administração pública e corrupção passiva.
A ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Bório, que é jornalista, fala das falcatruas do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) desde o ano de 2016, quando denunciou pela primeira vez a existência de caixas de dinheiro vivo guardadas na residência oficial.
Em 2019, ela lembrou outra denúncia impressionante: um roubo de R$ 2 bilhões por meio de uma “OS” (organização social), investigada na operação. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
“Há muito tempo a gente avisou que era uma Orcrim”, disse Pâmela, referindo-se à sigla de Organização Criminosa.