Por Elisa Robson
(Antes de tudo, uma observação: as notícias em torno do tema, claramente, chegam para medir a temperatura social. Se existir aderência o processo vai continuar.)
A nossa Constituição foi escrita num período que se tinha medo do retorno da “ditadura”. Por isso ela frisa, afirma e reafirma um volume pesado de garantias civis.
Hoje, sabe-se que muitas dessas garantias são simplesmente inatingíveis ou insustentáveis. Por isso, inclusive, todo mundo rasga a constituição. Ou seja, metade dela é só para “inglês ver”
E como são garantias próprias de um estado robusto, essa constituição precisa, sim, de revisão e alteração profunda.
Por exemplo, se o presidente e os militares conseguissem uma linha para trabalhar nesta pauta que nos afastasse do socialismo, isso seria bom, evidente.
O problema, porém, está na competência dos deputados que farão uma nova constituição e com que interesse. Para você, cidadão, quem está aí parece ser mais confiável do que a turma do Sarney, Brizola e Ulysses?
*Elisa Robson é jornalista, analista política e suplente de deputada federal