No pedido de suspeição de Gilmar Mendes para julgar os casos da E$quema S, o MPF apontou que o advogado Caio Asfor Rocha, réu no caso, tem negócios com o empresário Francisco Feitosa de Albuquerque Lima, irmão da mulher de Gilmar, Guiomar Feitosa. E além disso, Caio é casado com uma filha de Francisco, Tatiana, sobrinha de Guiomar, informa a Crusoé.
Segundo a Lava Jato no Rio, dados da quebra dos sigilos bancário e fiscal de Caio Rocha mostraram que ele é sócio de Francisco Feitosa em duas empresas no Ceará e fizeram transações financeiras que somaram R$ 1 milhão entre 2016 e 2018. Um desses negócios foi um empréstimo de R$ 680 mil de Caio a Chiquinho em 2018.
Tudo isso tornaria Gilmar Mendes suspeito para julgar o caso, já que tem envolvimento familiar com alguns dos envolvidos nas investigações, segundo os procuradores da Lava Jato no Rio, conforme O Antagonista antecipou.
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“Não se trata apenas de vínculos em abstrato, deles derivando diversos atos concretos de cunho patrimonial, como transações bancárias, doações imobiliárias e assinaturas de empréstimos”, dizem os procuradores, no pedido de suspeição.
Caio Rocha tornou-se réu por corrupção junto com o pai, o ex-presidente do STJ Cesar Asfor Rocha. São acusados de desviar R$ 2,67 milhões do Sistema S em contratos falsos de honorários advocatícios. A E$quema S investiga desvios de mais de R$ 151 milhões do Sesc e do Senac do Rio por meio de contratos da Fecomércio-RJ com advogados.